Hoje era um daqueles dias em que eu te telefonava. Adoentada, a desejar estar longe da tentativa de boa disposição que os outros merecem mas que me custa tanto nestes dias, era para perto de ti que eu ia. Sentada na tua cama, olhava para ti a fazeres mil coisas para de seguida poderes estar só comigo, visita não combinada mas esperada. Perto de ti, sem exigências, vivia a minha apatia de dias como o de hoje. Dias frios que querem que ainda chova mesmo depois da noite de tempestade. Então ficava com a cabeça na tua almofada a sorrir contigo por cima da tua música que nunca desligavas até o tempo dizer que tinhamos de ir. E ia, não contrariada, porque este conforto já sentia meu, porque o dia continuava frio mas o casaco era mais quente, porque o dia ficava com mais horas. Já não te telefono. Já não me telefonas. Não escolhemos o fim porque não começamos pelo início. Hoje já não e um daqueles dias e o dia de hoje continua assim frio e adoentado.
3 comentários:
sem palavras...
quase que podia ser eu a escrever este texto....
Afinal o "nao sei quando volto a escrever" não durou muito tempo =)
é sempre tempo de respirar...
sera que as borboletas nao voam noa chuva...? *
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