São cinco horas e já é quase de noite. Hoje é o segundo dia depois do traçar de objectivos, último antes do terminar do plano. O que posso dizer é só: não concluído. Contudo, hoje o tempo não me enganou e tudo o que fiz está aqui. A chuva continua, as minhas mãos estão brancas e geladas e a minha cabeça continua a latejar. Foram precisos 19 anos e um início de pausa lectiva para descobrir as dores de cabeça, aquelas que até doem ao tocar. Maldita frágil natureza humana que só se revela quando menos estamos dispostos a aceita-la. E eu que só queria estar em casa, aquecer as mãos entre o fogo, o pêlo do meu gato e o cabelo do meu irmão, ler os livros que estão à minha espera já há algum tempo e estudar. Entretanto, a aquecer as mãos na minha própria testa já embrulhei para lá da dezena de caixas e caixinhas, já dormi muito mais horas do que as permitidas pelo bom senso, já vi mais filmes de terror do que a soma de todos os que tinha visto até aqui (quando tentei ver um filme bonito, a senhora atrás do vidro, pelo microfone, disse que estava esgotado) e o meu carro explodiu, pela 10ª vez, quase de vez. Hoje o tempo não me enganou. São cinco horas, está de noite e a chuva não pára. Amanhã, não sei. Parece que 5min de distância não é uma medida igual para toda a gente. Amanhã não vou tentar compreender. Vou percorrer os meus 5min sozinha e vou voltar. Quando voltar só quero que tudo esteja no mesmo sítio, o depois fá-lo-emos. Não me importo que o tempo me volte a enganar. Espero voltar à minha demanda pela produtividade já sem os ouvidos a fazerem-se notar, porque importo-me e importar-me-ei sempre com os não concluído pendentes. O depois voltará às suas trivialidades, com a diferença de mais um dia ter passado, de estar um natal mais à frente.
Ventos Aqui me encontro e confundo...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
upa!
E agora? Como é que saio do sofá, depois de um dia e duas noites quentinhos, cheios de doces, almofadas, filmes e lamechices boas, e começo a trabalhar muito?
help
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Hoje era um daqueles dias em que eu te telefonava. Adoentada, a desejar estar longe da tentativa de boa disposição que os outros merecem mas que me custa tanto nestes dias, era para perto de ti que eu ia. Sentada na tua cama, olhava para ti a fazeres mil coisas para de seguida poderes estar só comigo, visita não combinada mas esperada. Perto de ti, sem exigências, vivia a minha apatia de dias como o de hoje. Dias frios que querem que ainda chova mesmo depois da noite de tempestade. Então ficava com a cabeça na tua almofada a sorrir contigo por cima da tua música que nunca desligavas até o tempo dizer que tinhamos de ir. E ia, não contrariada, porque este conforto já sentia meu, porque o dia continuava frio mas o casaco era mais quente, porque o dia ficava com mais horas. Já não te telefono. Já não me telefonas. Não escolhemos o fim porque não começamos pelo início. Hoje já não e um daqueles dias e o dia de hoje continua assim frio e adoentado.
domingo, 13 de setembro de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
wait for me.
É com água pela cintura que o digo. É quando as ondas me empurram e a espuma ressalta para o meu corpo ainda quente e seco que digo: Espera por mim.
Espera por mim, dia. Espera por mim, onda. Espera por mim, vida. Eu ainda não estou a ir.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Eu já não sei se sei...
sexta-feira, 17 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
No dia da desilusão
Imperceptivelmente aproximas -te, fazes com que a minha cabeça se encoste ao teu peito e dás-me um beijo no cabelo. À minha frente está tudo o que não queria que acontecesse, apesar disso, naquele meio minuto, em que não te via a face mas te sentia o coração, o conforto dos sentidos da amizade e da preocupação afastou o peso do momento da desilusão e tornou presente a calma. Acho que nunca saberás a verdadeira importância daquele gesto puro para mim, daquele colinho, espontâneo e inesperado, há tanto tempo inconscientemente esperado. Talvez nunca chegues a saber que foi isso que me fez reparar que, quando a vida é vivida em modo forward, de vez em quando é preciso carregar no play e voltar a todos segundos. Não vais saber, mas também não importa. O que importa é que são as pessoas verdadeiras que importam e nos fazem sentir bem. As pessoas e os filipinos brancos que agora como compulsivamente!
sábado, 20 de junho de 2009
Caçadores de significados
"Nós não pedimos para ser eternos, mas para não vermos os actos e as coisas a perderem de repente o significado. O vazio que nos cerca revela-se então..."
Saint-Exupéry
Encontrada num blog amigo não pude deixar de a imortalizar aqui, porque iremos sempre precisar de procurar o significado das coisas, pois é isso que as torna reais para nós e é o real seguro que nos faz existir e prosseguir.
Hoje sinto-me assim, mais do que nunca, dependente e admiradora do real ingenuamente significado por mim.
Encontrada num blog amigo não pude deixar de a imortalizar aqui, porque iremos sempre precisar de procurar o significado das coisas, pois é isso que as torna reais para nós e é o real seguro que nos faz existir e prosseguir.
Hoje sinto-me assim, mais do que nunca, dependente e admiradora do real ingenuamente significado por mim.
domingo, 14 de junho de 2009
Quando tudo parecia ter tomado o seu rumo novamente, apareces num sentimento inesperado de saudade que coloca tudo de novo ao contrário.
E, depois de mais uma noite de insónia, esta saudade do longe trás o desejo profundo de apanhar o próximo autocarro e de viver apenas para o presente eufórico dos dias livres.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Numa folha em branco...
-Eu não sei desenhar!
-Tenta fazer uma marca qualquer e vê onde ela te leva.
-Agora assina.
(Adaptado do livro O Ponto de Peter H. Reynolds)
-Tenta fazer uma marca qualquer e vê onde ela te leva.
-Agora assina.
(Adaptado do livro O Ponto de Peter H. Reynolds)
quarta-feira, 20 de maio de 2009
É um não querer mais de bem querer / É um caminhar solitário entre a gente
Um caminhar mecânico, contínuo, o meu. O som de um beijo na mão. Dois passos mais, e o sorriso aberto de um "Hoje dormi até ao meio dia" conversado. Um passo mais, e um olhar desviado involuntariamente para a esquerda que reconhece o "Se eu não morresse, nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas" das paredes fechadas do metro. Um contínuo caminhar mecânico, o meu:
Noutra parte; à parte.
Noutra parte; à parte.
Is that alright?
Give my gun away when it's loaded
Is that alright?
If you dont shoot it, how am I supposed to hold it?
domingo, 17 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Addicted
Hoje confirmei que, já não passo sem:
o tempo sozinha em casa,
comer bolachas maria,
cantar com o espelho,
andar descalça,
dançar nas escadas,
saltar para cima do sofá (ainda bem que a minha tia não lê o meu blog),
e tudo isto ao mesmo tempo! (Márcia, desculpa as migalhas nas escadas...)
E adoro... Porque me faz sentir que existo*
o tempo sozinha em casa,
comer bolachas maria,
cantar com o espelho,
andar descalça,
dançar nas escadas,
saltar para cima do sofá (ainda bem que a minha tia não lê o meu blog),
e tudo isto ao mesmo tempo! (Márcia, desculpa as migalhas nas escadas...)
E adoro... Porque me faz sentir que existo*
domingo, 10 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Lá, à chuva...
Olho para ti.
Dizes que não és forte...Como é possível? Seguras tantos valores, tantos sorrisos, tanta esperança!...
Num um momento de maluquice dizes que sou a tua heroína. Por entre os risos e o ketchup continuo a olhar para ti e não consigo deixar de pensar: heroína?... mas quem era eu sem ti?
É tão por tua causa que ponho o meu "cavalinho à chuva" e não o tiro de lá...
Porque sei que, enquanto estiveres comigo a chuva até o vai fazer ficar mais forte, porque sei que, enquanto estiver contigo, vão haver sempre dias bons de sol...
Já não estou a olhar para ti.
Continuas a olhar por mim.
Dizes que não és forte...Como é possível? Seguras tantos valores, tantos sorrisos, tanta esperança!...
Num um momento de maluquice dizes que sou a tua heroína. Por entre os risos e o ketchup continuo a olhar para ti e não consigo deixar de pensar: heroína?... mas quem era eu sem ti?
É tão por tua causa que ponho o meu "cavalinho à chuva" e não o tiro de lá...
Porque sei que, enquanto estiveres comigo a chuva até o vai fazer ficar mais forte, porque sei que, enquanto estiver contigo, vão haver sempre dias bons de sol...
Já não estou a olhar para ti.
Continuas a olhar por mim.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Cor de Morango
Cor sentida. Cor guardada.
Cor desenhada a preto numa folha branca.
Cor desenhada sem esboço.
Cor entendida.
Cor minha que sei de cor. Imaginada em dias de sol, vinda de pensamentos puros, cor que me acompanha. Cor de morango só meu.
Cor desenhada a preto numa folha branca.
Cor desenhada sem esboço.
Cor entendida.
Cor minha que sei de cor. Imaginada em dias de sol, vinda de pensamentos puros, cor que me acompanha. Cor de morango só meu.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
"I choose to hide
But I look for you all the time
I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care...
Don't wanna hear, I wanna fight
'Cause this time I won't be wrong
'Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
'Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul?"
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Madrugada
"Penso em vocês". Escrevo. Escrevo e as palavras tornam-se vãs por entre outras escritas. Eu não penso em vocês dessa maneira escrita, nem preciso de fechar os olhos, ou fazer qualquer outro esforço, para me sentir aí, com vocês. E é tão bom descobrir isto... Consigo sentir aquela noite de sexta-feira ainda aqui. Aqui, no coração, na cabeça ou noutro qualquer sítio com outro nome qualquer. Consigo sentir. Em mim.
Sinto em mim uma madrugada que tornou muito em novo, que tornou futuro em presente, que tornou pensamento em confiança...
Nunca pensei crescer tanto simplesmente por ousar ficar, por ousar passar aquele tempo em companhia. Nem tudo foi perfeito, muito longe disso até, mas o deixar ser acolhida pelas pessoas, pelo lago, pela neve, pelo silêncio, permitiu uma fé à qual eu, finalmente, consegui chamar minha.
Não voltei. Não penso agora se foi bom ou não. Penso agora no como é bom e possível encontrar-vos sempre em mim.
Não perdi.
Sinto em mim uma madrugada que tornou muito em novo, que tornou futuro em presente, que tornou pensamento em confiança...
Nunca pensei crescer tanto simplesmente por ousar ficar, por ousar passar aquele tempo em companhia. Nem tudo foi perfeito, muito longe disso até, mas o deixar ser acolhida pelas pessoas, pelo lago, pela neve, pelo silêncio, permitiu uma fé à qual eu, finalmente, consegui chamar minha.
Não voltei. Não penso agora se foi bom ou não. Penso agora no como é bom e possível encontrar-vos sempre em mim.
Não perdi.
domingo, 5 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Adeus, outra vez...
domingo, 15 de março de 2009
"Mesmo quando não tocamos lábios, nem ouvimos gargalhadas, nem vemos faces
domingo, 8 de março de 2009
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui?
Tenho vontade de voltar aos tempos em que acreditava que podia mudar o mundo, tenho vontade das discussões extremistas e ingénuas que me faziam sonhar com pessoas melhores e com valores livres e justos. Tenho vontade da revolução na minha vida no sentido decidido, como o melhor, por mim. Tenho vontade de voltar a ser radical e ir à raiz das coisas sempre com o intuito de procurar, de perceber as vontades e crescer com os outros. Tenho vontade das ideias! Tenho vontade de uma vida não confortável, porque a vida não é para ser confortável. Tenho vontade de voltar aos tempos em que sentia o amor no seu mais lato sentido, aos tempos em que estava constantemente apaixonada e acreditava nas pessoas!
A entrada na faculdade transformou as minhas prioridades de um modo repentino e não controlado que não esperava. Esperava algo contrário que nunca veio até mim e que nunca cheguei a procurar... Porquê? Hoje sinto que muitas decisões passadas que tomei não foram tomadas no sentido mais certo, mas estou tranquila, porque foram livres e minhas, e porque o certo é também ele próprio incerto... E o presente?
Agora, tenho vontade de não ter medo de viver, tenho vontade de estar aqui e não ter medo, tenho vontade de estar e aqui e querer estar aqui! Tenho vontade de ouvir... Agora terei vontade suficiente para voar com a vontade? Será a vontade suficiente?
E escrevo isto, sem me aperceber, no dia que marca a minha louca rica experiência, em terras distantes e novas, onde a família e a mulher foram os temas que, sob diversas culturas, falaram e foram cuidadosamente escutados, e onde a gente que tanto ensinou ficou inesquecível. E escrevo isto , sem me aperceber, num dia em que passei a tarde a jogar a família tradicional no computador, num cenário em que não havia tempo para fazer triqui-triqui por causa das crianças e do emprego, e em que os beijos românticos eram dados nos intervalos do cansaço para que o nível do social não descesse e a promoção na carreira dos negócios assim fosse conseguida. E isto escrevo no dia em que, para variar, começo as frases com um: "Amanhã "
sábado, 14 de fevereiro de 2009
sábado, 31 de janeiro de 2009
Flauta de vento...
Custa tanto tanto estar longe quando sinto que precisas de mim...
Tão habituada a receber, receber e receber, encontro-te triste, fora do meu mundo egocêntrico, e não sei o que fazer. Quero sentir a tua expressão, compreender o que sentes e partilhar emoções, quero que sintas o meu ombro, que descarregues tudo em cima de mim e chores comigo! Sei que não estás sozinha, mas preciso tanto de ter a certeza disso, preciso tanto de me assegurar que não te largam. És o meu tesouro!
Quero-te dizer que estou perto, mas não consigo. Quero-te dizer que tudo ficará bem porque o mundo é justo, mas não consigo...
Como é possível, com tudo o que fazes por mim constantemente, eu não te conseguir dar sequer a minha mão?...
Hoje voltei a andar à chuva. Foi inevitável porque senão nunca o teria feito. A chuva era torrencial e fazia doer quando tocava. A rua estava deserta: alguns carros, nenhuma pessoa, um chapéu de chuva partido no chão e o meu pensamento a vaguear pesado por entre a chuva. Quero tanto que adormeças longe da tempestade. Canto para ti. Dizes que me sentes perto mas, mesmo já estando em casa, oiço a chuva contínua a bater na janela e não consigo estar tranquila, e não sinto o meu abrigo tão seguro como gostaria...
Tão habituada a receber, receber e receber, encontro-te triste, fora do meu mundo egocêntrico, e não sei o que fazer. Quero sentir a tua expressão, compreender o que sentes e partilhar emoções, quero que sintas o meu ombro, que descarregues tudo em cima de mim e chores comigo! Sei que não estás sozinha, mas preciso tanto de ter a certeza disso, preciso tanto de me assegurar que não te largam. És o meu tesouro!
Quero-te dizer que estou perto, mas não consigo. Quero-te dizer que tudo ficará bem porque o mundo é justo, mas não consigo...
Como é possível, com tudo o que fazes por mim constantemente, eu não te conseguir dar sequer a minha mão?...
Hoje voltei a andar à chuva. Foi inevitável porque senão nunca o teria feito. A chuva era torrencial e fazia doer quando tocava. A rua estava deserta: alguns carros, nenhuma pessoa, um chapéu de chuva partido no chão e o meu pensamento a vaguear pesado por entre a chuva. Quero tanto que adormeças longe da tempestade. Canto para ti. Dizes que me sentes perto mas, mesmo já estando em casa, oiço a chuva contínua a bater na janela e não consigo estar tranquila, e não sinto o meu abrigo tão seguro como gostaria...
Ajuda se disser que te adoro mil vezes?
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Meios filmes. Risos inteiros.
E de longe chegas bem perto a cantar-me baixinho:
-You're so fucking special!!!
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Conta-me o Mundo!
Descalça-te, Conta-me uma história...
Não, Muitas histórias!!
Conta-me o mundo...
Não, Muitas histórias!!
Conta-me o mundo...
...Agora, conta outra vez! saM oa oirártnoc!!
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